Finesse social
Finesse out
Capacidade de raciocínio é algo exuberante e festivo. Ser inteligente e sagaz é o mínimo que se espera de um ser humano procurando galgar degraus na escala social, profissional ou intelectual. Gentileza e elegância fazem parte da inteligência, assim como o bom humor, que é diferente de chacota e piadas depreciativas, tão comum aos estultos.
Pois bem, se o indivíduo faz parte de uma sociedade vasta, é natural que membros, às vezes uns, às vezes outros, às vezes todos, venham a se reunir em ocasiões especiais, que sejam festivas, alusivas, comemorativas ou administrativas. É falta de inteligência falar mal de um ou outro indivíduo em alto e sonoro tom, já que todos irão se encontrar ocasionalmente em algum evento social. Está armada a confusão, pois quando você fala alto o mau pensamento, os ouvintes se tornam testemunhas, o atingido fica sabendo, pelos inúmeros atuais meios de comunicação social, sendo o mais antigo deles: a fofoca. Na reunião o falador se vê na mesma sala que o falado, junto com as testemunhas. Está pronta a saia justa. Saia dessa agora, José.
Por isso é falta de inteligência falar mal de quem você vai encontrar infalivelmente. Além do que a regra da inteligência e da elegância deixa claro que você pode e deve discordar do oponente, sem, no entanto, lhe ofender a moral e o brio. Pessoas de pouca inteligência, sem conhecimento, nem condições de argumentar, recorrem logo a ofensas e predicados depreciativos. E daí em diante só piora.
Antenor Emerich - Observador
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P.s.:
finesse
/fi'nɛs/
substantivo feminino
1. agudeza de espírito; sutileza, finura, sagacidade.
2. finura de maneiras, de procedimento; bom gosto.
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Ciência limitada
Artigo opinativo de Antenor Emerich
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