Mentiroso e fiasquento

Artigo de Antenor Emerich


A prepotência do néscio é um balão pequeno e frágil, e o orgulho precede a queda, já dizia o Eclesiastes. Bolsonaro é um poço de orgulho, um orgulho que está mortalmente ferido. Não aceita derrotas, vem há 28 anos vencendo eleições para deputado, apesar de nunca ter entregue nada como legislador. Como presidente não foi diferente, não há nada para acrescentar no currículo. É um presidente que nunca cumpriu sua função, cujo maior qualidade a seu favor é “não ser comunista”. É isto tudo que os adoradores do mito conseguem dizer como vantagem do néscio.


Bolsonaro está magoado e frustrado. Acreditava que estaria em alta entre a massa pobre do país, que os auxílios ilegais, por serem em ano de eleição, domariam aqueles que ganham menos de dois salários mínimos. Mas a estratégia não surtiu efeito.


 Bolsonaro está acuado e com raiva, magoado e sozinho. Todos os personagens e influenciadores, que estavam com ele em 2018, sumiram em 2022. Arrogante ao extremo, Bolsonaro não aceita que alguém se considere responsável pela sua eleição. Não, o Jair não deve nada a ninguém. Despachou todos, todos mesmo, do seu lado e do seu governo. Está sozinho em todos os setores. Seu ministro, organizador da campanha, tirou férias e foi para o Piauí, o Lira foi para Alagoas. Bolsonaro ficou apenas com a ilusória impressão de que o exército está do seu lado.


Sem nada mais o que fazer diante da fatal derrota e sem assumir a pífia intenção de 30% dos votos, Bolsonaro culpa o método usado na eleição e ameaça um golpe por fraude nas urnas.


O último ato da triste história de Bolsonaro vai ser com o exército dizendo que as urnas deram o resultado correto das eleições e que ele perdeu. Pois nem o exército suporta mais passar vergonha pelo mundo afora.


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