A derrota do perdedor
Artigo opinativo/política 2020
Por Antenor Emerich
-Ditadores são crianças mimadas que ficaram adultos, mas não
cresceram. Trump e Bolsonaro parecem ser filhos da mesma mãe e do mesmo pai.
As pesquisas vinham a meses mostrando a derrota de Trump,
assim como está despencando a popularidade de Bolsonaro.
A estratégia de Trump, a mesma de uma criança mimada, foi maldizer
o sistema eleitoral do seu próprio país, o mesmo sistema que o elegeu, e que
agora não serve mais para o revoltado perdedor.
Bolsonaro está a tomar as mesmas atitudes, falando em fraude
nas eleições, e maldizendo o sistema eleitoral que o elegeu. Chegou ao absurdo
de dizer que a própria eleição, que o elegeu, foi fraudada.
São almas desesperadas e torturadas, Trump e Bolsonaro; nos
Estados Unidos da América (do norte) o voto é escrito a mão, em uma cédula de
papel. E, Trump diz que isso facilita a fraude. Diz que votos foram jogados
fora, no lixo. Quer recontagem.
No Brasil, o voto é feito através de urna eletrônica, e
Bolsonaro, desesperado, diz que isso facilita a fraude nas eleições, que
hackers podem invadir a urna. O que é impossível, uma vez que a urna eletrônica
nunca está atrelada a qualquer rede de computador ou internet.
O que podemos observar disso tudo, é o desespero desses dois
personagens desestabilizados emocionalmente, um diz que o voto no papel é passível
de fraude, o outro diz que o voto eletrônico é passível de fraude.
Tire suas conclusões, a minha é que pessoas desonestas não
confiam em nada, nem em ninguém. Esse é o preço que paga o mentiroso, o
golpista, o malandro. O desespero de saber que é fácil enganar e iludir
qualquer um, tão fácil, que eles mesmos não têm certeza se não estão sendo
enganados e iludidos por todos ao seu redor.
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