Contra tempo

                                                          (Antenor Emerich)

Há quem lute contra o tempo
Há quem nunca tem tempo
Outros há que lhes sobra tempo
O tempo é escasso se for só por uma noite
O tempo é pouco se a farinha é boa
Passa muito rápido, se ela queria mais

Corre contra o tempo
Quem tem medo do tempo
Passando
Medo da velhice
A pressa da riqueza e do poder
Provar todas as gostosuras
Travessuras
Mais uma rapidinha

Se chove falta tempo
Se sol
Não sobra tempo
Não existe pretérito perfeito
Mas, estamos cheios de futuros pretéritos
De futuros imperfeitos

Morrer de velho triste
Por ter conseguido chegar
Apenas até ali.
Na alcova do raso buraco

De onde nunca se pode sair.

Comentários

  1. O meu medo é eu querer ficar e não ter "FORÇA" para permanecer ( No colo do teu útero), naquilo que eu chamo de paraíso até nos momentos de embriaguez de meus ópios existenciais, levando em conta minha própria broxada.
    Porque eu vejo como macheza dar cinco em uma noite, sendo que na conta do computo, não computou nenhuma, do seu ponto de vista.

    Edevar daré

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