Política, cultura e educação

                                                                                      Foto e texto: antenoremerich
  
 Todos temos conhecimento de que temos que desenvolver educação e cultura para desenvolver nosso país. Para mudarmos a educação, temos que mexer na estrutura da educação. Neste ponto, no início, é que tudo está emperrado. Primeiro porque a educação no Brasil esta diretamente ligada a cargos políticos. (Bem como a saúde, a meditação serve para a saúde, é só trocar um substantivo pelo outro).
     Então, as mudanças são impedidas já no princípio, este princípio é a escola. A política define o organograma administrativo e a grade curricular da escola. Ou seja, as pessoas que compõe a direção escolar estão diretamente relacionadas com os partido políticos que administram o município e o estado. A direção da escola deveria ser escolhida por voto direto de pais e professores. Não determinada pelo governador ou pelo prefeito. Isto é um resquício da ditadura, que determinava inclusive quem seria o prefeito da cidade, e o governador.
     Agora, prefeitos e vereadores, determinam quem dirige a escola. O Governo da nação determina o currículo. Determina o que os professores devem ensinar aos seus alunos, nossos filhos. Nunca, na história de nossa democracia, fomos consultados sobre quem deve dirigir a escola, estadual ou municipal, e jamais nos chamaram para discutir, se o que ensinam para os nossos filhos, é mesmo que queremos que nossos filhos aprendam. Jamais a escola pediu a opinião da sociedade em que está instalada e que diz (ou dizia, pois nem isso diz mais), que quer educar. Tudo por conta de um comodismo político. Por parte dos professores um cargo político garantido, por conta do governo uma forma de uniformizar o pensamento transformando todos em soldados e operários, aos modos de um formigueiro. Os que não se encaixam neste “modelito”, são chamados de marginais.
     A ditadura militar instalou-se no país em 1964. Assumiu o poder com toda a sua brutalidade. Definiu de dentro de um gabinete atopetado de militares, a grade curricular da educação no Brasil. Fui aprendiz desta grade e beneficiado pelo avanço progressivo.
1989 talvez pode ser apontado como o ano da retomada de um país democrático e menos desigual. Mas isto, ainda é um sonho de marginais.
     A mesma escola que vive em greve a proclamar por mais salários e por seus “direitos”, não dá a sociedade direito algum, e decide tudo sobre a escola e alunos, dentro dos gabinetes políticos, preocupados sempre com cargos, e nunca com currículos.
     Esta prepotência política do corpo docente precisa ruir.
    A sociedade precisa entrar na escola, precisa eleger por voto direto a direção, precisa auxiliar a escola na construção do currículo escolar da cidade em que está inserida. É algo complexo, mas é democrático, é legal, e é o fim da política da trocas de favores dentro das escolas. O professor têm que prestar contas à sociedade, da forma pela qual pretende formar os cidadãos que irão gerir a sociedade no amanhã. Antes disso a nossa escola continuara sendo o que é, morna e pouco influente na formação e no futuro da sociedade e da nação com um todo.

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