A violência contra a mulher – feedback

Depoimento verdadeiro
Artigos em blogs nos dão muitas experiências. A possibilidade de contato direto com quem lê blogs, por exemplo.
As idéias podem ser similares e extremamente opostas. Todos tiram suas conclusões sobre a vida, de acordo com o que lhes acontece na vida. Do que presenciam na vida. Do que sentem, e do que aprenderam a sentir e a pensar.
No artigo da violência sobre a mulher (http://otomdaretorica.blogspot.com/2010/08/violencia-contra-mulher.html ), declaro que homens que batem em mulher não lêem. Pensei no sofrimento calado dos “burgueses” e dos liberais, que apesar da pompa e dos diplomas são tão suscetíveis a traumas e cisões quanto qualquer “pé rapado” na rua.
Creiam que parei minutos a pensar sobre o assunto, e concluí que diploma não certifica inteligência e compassividade. Apesar do luxo e graduação, o ente pode estar torturado por seus vícios, maus pendores e tendências, e somente ele sabe o seu sofrimento para se agüentar.
Então quando digo ler, me refiro àquela busca pelo Ente Humano em cada um de nós; pela busca na elucidação do problema que gera o caos, a guerra, a desordem, a corrupção, a infidelidade, a mentira...
A leitura não deve ser um lazer, uma distração. A leitura é a busca por mais conhecimento. Por mais saber. A busca por se tornar melhor, conhecendo outras opiniões. O que torna um livro grande é a sua nova idéia, a sua nova proposta, sua audácia de pensar e descrever um mundo novo. A audácia de relatar um problema humano ou social que venha sendo ignorado pela sociedade. Há muita dor em casas trancadas. Muitas lágrimas em carrões de vidro fumê.
Recebo este depoimento sobre a violência contra a mulher (blog: http://otomdaretorica.blogspot.com/2010/08/violencia-contra-mulher.html ).
Por se tratar de um depoimento verdadeiro não incluo qualquer pista. A jovem me escreve em caráter particular. E assim permanecerá.
- Não concordo quando você diz que quem bate em mulher não tem o hábito de ler, a maioria deles não o têm, isso é fato, mas conheço alguns que apesar de ler acham que bater na esposa é saudável e, o pior é que ela já se acostumou com isso, pois pensa que merece apanhar.
É mesmo um depoimento pesado e dolorido. Por isso devemos questionar nossa participação na evolução do convívio social. Estamos colaborando para o bem ou para o mal com nossas palavras e atos? Estamos colaborando? Ou apenas garantimos nosso bem estar (quando não estamos apenas fingindo nosso bem estar).
Na raiz do “não é problema seu, não se meta!” está a corrupção, que consiste em negociar a verdade com a mentira, e em dar presentes a quem tomar a mentira por verdade.
Assim, as leis são mal feitas, mal cumpridas e mal divulgadas. O mal feitio se mantém nos ombros da ignorância e da corrupção. Tentam enganar e subverter a justiça, na tentativa, vã, de não pagarem por seus delitos.
Assim, ainda, a educação, no geral, é precária, a saúde, no geral, é precária, e a importância que se dá as doenças morais e enganos éticos é nenhuma.
Discutir ética e moral é dolorido pra muita gente.
Enfim, concluímos que:
“Enquanto se tratar a justiça como uma prostituta que “transa” com quem pagar mais aos seus “gigolôs”, nós estaremos em maus lençóis encardidos.”
Quem sofre mais com isso?
Todos nós. A corrupção é uma chaga purulenta.
Eliminar a mentira é o primeiro passo para o fim da corrupção.

Comentários

  1. Eu concordo com tudo que aqui foi dito, mas tem o lado que não é só a educação, a condição social, ou seja lá em que pé esteja, qualquer relação entre homens e mulheres, ou visse versa.
    Se já são adultos, e ainda mais nos dias de hoje, sem tirar outrora, isso não diminui a responsabilidade, entao o que é certo ou errado? Aquele que se tornou adulto tanto homem como mulher, já sabem distinguir o que é certo e o que é errado mesmo nao ter nunca sentado em uma carteira na escola, ou ter aberto um livro, quem bate sabe que é errado e o que esta fazendo, quem apanha, tambem sabe o porquê e nao fala nada, a distinção disso. Quem ta batendo fica impune, porque quem apanha nao tem a coragem de denunciar, de falar. Prefere morrer apanhando, do que falar, e até morrer as vezes. Mas o fato é que não é só uma condição social, ou de inteligencia, pois se vê muitos cultos por ai, que sabem muito bem o que estão fazendo, ambos, e tudo continua numa "boa". DENUNCIA. Os programas estao ai o tempo todo. Pena que lá fora (noutros paises) a gente nao pode fazer muita coisa (ha nao ser falar, escrever, apelar). Mas aqui a historia é outra. E nada daquele ditado,que "onde briga de marido e mulher nao se mete a colher", é mito. Me meto sim, pra salvar, desde que aquela, ou aquele queiram ser salvos. Não fecho os olhos, assim como ELAS, nao o devem faze-lo.

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